"De uma feita, estava Jesus orando em certo lugar;
quando terminou, um dos seus discípulos lhe pediu: Senhor, Ensina-nos a Orar
como também João ensinou aos seus discípulos." (Lucas 11:1)
Este
pedido de um dos discípulos de Cristo é de fato singular em todo o período em que nosso Senhor esteve nesta terra. Ninguém lhe pediu que ensinasse como
pregar, expulsar demônios ou curar enfermos, porque todos tem alguma maneira
natural de fazer isso mesmo que de forma deturpada do ponto de vista bíblico.
Já haviam na religião judaica, muitos rabinos, andarilhos e até “messias” que
pregavam, curavam, expulsavam demônios etc. Também era do costume dos Rabinos
naquela época, elaborarem orações para que seus discípulos recitassem.
Mesmo
assim, com tanto ensinamento religioso "elevado", os discípulos sentiam um déficit em sua
pratica de oração, talvez porque quem estava diante deles era o messias, que já
demonstrara o quanto a religião judaica estava deformada e o quanto desagradava
ao Pai. Devemos nutrir este mesmo desejo de saber de nosso Senhor como orar. O
primeiro passo para progredirmos, claro, será lermos e estudarmos as
Escrituras, o segundo será em oração mesmo, pedir que o Senhor Jesus nos ensine
como orar!
Achamos
que sabemos pregar, evangelizar, expulsar demônios e curar enfermos. Mas se
nutrimos no coração o dever de aprender e praticar a oração, veremos o quanto
temos feito tudo isso erroneamente! Pregamos o evangelho como quem defende
qualquer ideologia ou filosofia terrena! Porém se orarmos e aprendermos a orar
corretamente, pregaremos como quem vive a verdade! Não será mais a confiança em
nossa capacidade, mas o próprio fluir do poder de Deus por meio de alguém que
respirou Deus como sua força por meio da oração! Faremos tudo de forma a
glorificar a Deus, e não a nós mesmos. O Espírito Santo nos encherá de
capacidade para pregar, servir e ajudar, fazendo tudo isso por amor, retirando
nossos interesses humanos e colocando no lugar glória de Deus!
Seremos
como a decência de Sete que invocou ao Pai para ajuda-los a fazer a vontade
divina, reconhecendo sua total incapacidade (Gênesis 4:25-26), totalmente ao
contrário da descendência de Caim que tinham seu sustento, alegria e proteção
garantidos de forma egoísta pela própria capacidade humana (Gênesis 4:18-22)!
Este é o resultado de uma vida de oração: uma vida que glorifica a Deus, não
porque fez grandes coisas para merecer admiração, mas porque pediu a Deus para
fazê-las!
Soli Deo gloria!
Alisson Lopes
P.S.: A partir de hoje damos início à uma série de reflexões sobre oração, onde conversaremos sobre algumas das passagens mais importantes sobre oração na Bíblia Sagrada. Não tenho a intensão de fazer um estudo teológico-doutrinário aprofundado sobre o assunto, porém refletiremos sobre o que há de mais essencial na vida do crente quanto à oração. Não deixe de acompanhar as novidades do blog, faço novas publicações sempre no limite de até 15 dias. Inscreva-se em nossa lista de seguidores no G+, Blogger e assinantes para receber nossas novidades por e-mail. Compartilhe nossos links nas redes sociais.
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